Isso tudo tem um nome: turismofobia. Algo como uma “caça aos turistas” tem acontecido em vários países do Velho Continente.
Alguns dos países que mais tem mostrado essa tal turismofobia na Europa:
Veneza, Itália
Tudo começou em Julho de 2017 em Veneza, quando cerca de 2.000 moradores começaram a marchar pela cidade enraivecidos com cartazes “Turistas, vão embora! Vocês estão destruindo Veneza”. Todos os dias a cidade é invadida por milhares de turistas que chegam principalmente por navios de cruzeiro, e acabam ultrapassando até o número de moradores. Vários locais estão deixando a cidade, alegando que a qualidade de vida está péssima e que os turistas estão acabando com Veneza.

Como medida de controle, o prefeito resolveu agir e este ano, pela primeira vez, foi limitado o número de turistas em festivais locais e instalado também contadores automáticos de visitantes em zonas populares. Outra medida tomada foi proibir a abertura de mais redes de fast-food na cidade – e de fato, da primeira vez que eu fui à Veneza em 2012, até a última em 2014, tinha aparecido mais dois Burger King por lá.
Barcelona, Espanha
Logo depois, veio a vez de Barcelona se rebelar contra o turismo de massa. Nas ruas pode-se ver frases pichadas nas paredes para chamar os turistas: “Gaudí te odeia”, “Pare de destruir a nossa vida”, “Turistas, voltem para casa. Bem-vindos, refugiados” ou “Chega de estrangeiros”. Em Barcelona a coisa ficou mais violenta e algumas pessoas até chegaram a furar pneus de bicicletas alugadas por turistas e obrigar um ônibus turístico a parar no meio da rua, furando seus pneus e deixando a frase “o turismo mata os bairros” escrita no vidro da frente do veículo.
Algumas medidas já adotadas para o controle dos turistas foi implementar uma taxa de €0,65 por cada turista que passe menos de 12 horas na cidade e a proibição de novas licenças para a construção de hotéis.
Roma, Itália
Os turistas andavam a se comportar tão mal, que foram colocados cerca de 37 seguranças para tomar conta das fontes da cidade. Até gente entrando nelas para se refrescar, acontecia! Como medida preventiva, colocaram uma multa de €240 para quem for pego “tomando banho” nas fontes ou sentado ao redor delas comendo e bebendo. A belíssima Fontana di Trevi pode vir a ter um número limitado de visitantes, assim como outros locais da cidade.
Dubrovnik, Croácia
A cidade que ficou conhecida pelo grande público depois de aparecer como cenário da série “Game of Thrones”, hoje luta com o número alto de turistas que recebe todos os dias.

Algumas medidas já foram tomadas como: colocação de câmeras no centro histórico da cidade para monitorar o número de visitantes (hoje limitado a oito mil por dia) e estão estudando diminuir o número de cruzeiros que atracam na cidade – hoje são cinco navios por dia, mas querem que passe a ser apenas dois.
Santorini, Grécia
Outra cidade que sofre com os grandes navios de cruzeiro: Santorini já limitou o número de visitantes na ilha a oito mil por dia.
Florença, Itália

A câmara da cidade decidiu “molhar” com regularidade as escadarias das praças e igrejas com água e sabão para evitar que os turistas se sentem nelas para beber e comer – e consequentemente, largar sujeira para trás.
Amsterdam, Holanda
Foi assinado um acordo com a Airbnb que impede os proprietários de alugarem seus imóveis durante mais de 60 dias por ano.
Londres, Reino Unido

Em Londres algo parecido aconteceu: os proprietários de imóveis só podem alugá-los por no máximo 90 dias por ano no Airbnb.
Berlim, Alemanha
Na capital alemã, sites como o Airbnb não podem mais funcionar totalmente. A nova lei permite apenas alugar quartos a turistas, mas não apartamentos inteiros. Quem não cumprir pode ter que pagar uma multa de até 100 mil euros.
Você já sofreu com a turismofobia na Europa? Passou por alguma situação delicada ou foi destratado? Conta pra gente nos comentários!
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